Há cerca de 70 anos, em 27 de janeiro de 1945, soldados soviéticos libertavam cerca de 7 mil prisioneiros dos campos de concentração em Auschwitz, na Polônia. Acabava ali a maior fábrica de morte que a humanidade já viu, onde foram brutalmente mortas cerca de 1,3 milhões de pessoas. Em 2008 tive a oportunidade de conhecer o campo de concentração 1 de Auschwitz, distante cerca de 60 km de Cracóvia, ex-capital da Polônia e onde viveu o Papa João Paulo II.
Logo na entrada do campo existe um letreiro escrito em alemão Arbeit Macht Frei (que significa “o trabalho liberta”). Os judeus, em sua maioria, achavam que estavam indo trabalhar e deveriam deixar suas malas com seus nomes para que futuramente pudessem identificá-las e levar para casa. Hoje todos esses pertencem estão amontoados, junto com sapatos de crianças e roupas de prisioneiros feitas de seus próprios cabelos que eram raspados. Por questões de respeito não é permitido fotografar dentro das galerias.
Esse tipo de “turismo” é algo que nos faz refletir muito! Você caminha por locais onde milhões morreram, fica na frente de um paredão onde muitos viveram seus últimos segundos de vida e foram cruelmente fuzilados. Gosto muito de conhecer lugares que fazem parte da história e a Europa oferece muito disso! Mesmo após boa parte ser destruída durante a segunda guerra, ela soube se reerguer e utilizar esses grandes acontecimentos a favor do turismo.
O ser humano fazia e infelizmente faz coisas que nos surpreendem a cada dia. Cabe a nós utilizar o passado triste como modelo a não ser seguido para que assim possamos viver em harmonia uns com os outros.