“Ah, o abraço…
Aqueles breves e infinitos segundos em que estou envolvida por teus braços,
que blindam o mundo e cerram meus olhos.
Refrigeram minha alma
com tua paz, tua sabedoria, tua luz e tua calma.
Aquele abraço que me intimida, me aninha e me faz divagar.
Invade o secreto do meu pensamento,
vibra na minha sintonia,
condensa nossos corpos num emaranhado de inocência,
prelúdio, realidade e fantasia.
Tira meus pés do chão,
flutua minha certeza racional.
Desacomoda meus manuscritos,
aquece minha adrenalina.
Será que a gente combina?
Sei nada disso, não…
Esqueci a regra da etiqueta,
congelei teu calor latente
e, displicente,
me permito o encaixe de pele, mente, espírito e coração…”